O Estado de Sergipe ocupa a terceira posição do Nordeste com o maior percentual de domicílios unipessoais, ou seja, residências ocupadas por apenas um morador, representando 18% do total de lares no estado. O crescimento é expressivo em relação a 2012, quando esse índice era de 10,9%, mostrando um aumento de 7,1 pontos percentuais ao longo de pouco mais de uma década.
Os dados fazem parte do módulo Características Gerais dos Domicílios e Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, divulgada na sexta-feira (22/8) pelo IBGE. Esta é a primeira divulgação anual após a reponderação dos dados com base no Censo 2022, garantindo maior precisão nas estimativas.
O aumento de domicílios unipessoais reflete mudanças sociais e econômicas, como o crescimento da população idosa que vive sozinha, a ampliação da independência dos jovens adultos e a urbanização crescente, que estimula a formação de novos lares menores.
De acordo com o especialista em mercado imobiliário e fundador da Legislar Imobiliária, Ivã Soares, esse fenômeno apresenta oportunidades e desafios para o setor: “O crescimento de residências unipessoais indica maior demanda por imóveis compactos e adaptáveis. É um movimento que impacta diretamente o planejamento de empreendimentos e serviços urbanos, além de abrir espaço para novas soluções de moradia, como apartamentos menores, estúdios e condomínios com mais infraestrutura de conveniência”, comenta.