Especialista reforça cuidados no Dezembro Vermelho em Sergipe

10 de Dezembro de 2025, 06:02

Dedicada à conscientização sobre HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis, a campanha Dezembro Vermelho chega este ano com um alerta importante: dados atualizados até janeiro de 2025 mostram que 5.307 pessoas vivem com HIV no estado e 4.357 já desenvolveram AIDS, reforçando a necessidade de ampliar o diagnóstico precoce e fortalecer políticas de prevenção.

Segundo a infectologista Dra. Mariela Cometki, o estado vive um momento que exige alerta e prevenção, com números que apontam 5.307 pessoas vivendo com HIV e 4.357 já diagnosticadas com AIDS. Os números revelam também um cenário desafiador: a taxa de mortalidade por HIV/AIDS em 2022 foi de 4,23 óbitos por 100 mil habitantes, com tendência crescente nos últimos anos. Desde o início da série histórica analisada, 1.420 pessoas morreram em decorrência da infecção.

Para a infectologista Dra. Mariela Cometki, referência em imunidade, os dados mostram que o tema precisa voltar ao centro do debate público. “A epidemia nunca deixou de existir, mas a percepção social sobre o HIV foi diminuindo. Isso gera atraso no diagnóstico e, consequentemente, maior risco de evolução para a AIDS. Precisamos falar mais sobre prevenção, testagem e tratamento — sem tabu e sem estigma”, afirma.

Ainda segundo a infectologista, o tratamento é o principal aliado para conter a transmissão. “Uma pessoa em tratamento, com carga viral indetectável, não transmite o vírus. Essa é uma das mensagens mais transformadoras da saúde pública moderna, mas ainda pouco disseminada. Informação salva vidas — literalmente”, destaca Dra. Mariela.

Com dados que acendem um sinal de alerta e uma rede de cuidados que ainda precisa ser ampliada, Sergipe entra no Dezembro Vermelho com o desafio de transformar informação em ação - e ação em proteção para milhares de pessoas.

Educação, diálogo e diagnóstico precoce: desafios que persistem

Entre os pontos críticos, especialistas apontam a falta de diálogo dentro das famílias, que dificulta a discussão sobre sexualidade e prevenção. Isso leva a diagnósticos tardios e situações inesperadas dentro dos lares.

Outro ponto de atenção é a transmissão vertical, quando o vírus é passado da mãe para o bebê. A taxa de detecção de AIDS em crianças menores de 5 anos permanece sendo monitorada pelas autoridades de saúde.

 

Medium 1101b58ac69ae6be80c62622276623c8